segunda-feira, 29 de setembro de 2014

DELICIOSOS QUINDINS


INGREDIENTES

  • 10 gemas de ovo
  • 50 g de coco ralado
  • 1 vidro pequeno de leite de coco
  • 200 g de açúcar
  • manteiga e açúcar, para untar


MODO DE PREPARO

  1. Separe as claras das gemas
  2. É importante você quebrar os ovos dentro de uma tigelinha separada antes de colocar na tigela em que o doce vai ser preparado, pois se algum ovo estiver podre, os outros ingredientes não ficarão contaminados
  3. As claras não serão utilizadas, mas guarde para preparar um suspiro ou pudim de claras
  4. Unte com manteiga e açúcar uma forma com buraco no meio ou forminhas individuais
  5. Na tigela em que estão as gemas, junte o açúcar, o leite de coco e o coco ralado
  6. Misture delicadamente
  7. É importante não misturar muito
  8. Coloque a mistura dentro da forma e leve ao forno pré-aquecido à 110°C por aproximadamente 50 minutos
  9. Para saber se o quindim está pronto, verifique se a parte de cima está corada e espete um palito dentro para ver se sai seco
  10. Quando o quindim estiver pronto, retire do forno e deixe ficar morno
  11. Coloque um prato por cima da forma e vire delicadamente para o quindim cair sobre o prato
  12. É importante não desenformar quente, pois o quindim quebra, e nem frio, pois pode não soltar da forma


COMO SURGIU O QUINDIM


Este doce brasileiro (sim, ele é brasileiro!), é feito a base de ovos, mas preferencialmente só com as gemas, manteiga ou margarina e coco ralado.

Existe uma discussão, uns defendendo que é um doce português, outros dizem que é africano, mas na verdade ele foi criado aqui no Brasil.


É uma adaptação, uma variação de um doce português conhecido por “Brisa-do-Lis”, originário da região de Leiria.

É uma variação, pois o original leva amêndoas no lugar do coco, que foi inserido pelas escravas que trabalhavam nas cozinhas do nordeste daqui do Brasil, justamente pela falta das amêndoas e da abundância de coco.

O quindim entra na categoria dos “doces conventuais”.

Mas o que são doces conventuais?

São doces feitos nos conventos de Portugal. Desde séculos atrás, quando as freiras utilizavam-se das claras dos ovos para engomar seus trajes, sendo assim, tinham sempre a sobra de muitas gemas. Para aproveitá-las, começaram os experimentos e alquimias na cozinha e as invenções resultaram em deliciosos doces.

Bem, o Brasil foi colonizado pelos portugueses, que obviamente trouxeram suas preferências gastronômicas.

Mas como preparar um Brisa-do-Lis sem amêndoas?

O preço e dificuldade de obter amêndoas era um problema naquela época, e esse ingrediente havia de ser substituído, e foi...pelo coco ralado.

Quando há substituição de um ingrediente tão fundamental na receita, existe a necessidade de mudar o nome também, porque obviamente não é mais o mesmo prato!

O nome QUINDIM veio de um dialeto africano, já que naquela época eram as negras escravas quem cozinhavam (algumas “sinhás” nem sabiam o caminho da cozinha..rs) elas deram ao doce o nome de QUINDIM, que significa ‘dengo’ ou ‘encanto’, pois ele é molinho, cremoso e delicado, apesar de muito doce.

Sendo assim, podemos concluir que o quindim tem base portuguesa, nome africano, mas é bem brasileiro. Aliás, o Brasil sendo famoso pela miscigenação não poderia ser diferente no que diz respeito a culinária.

Um comentário:

  1. A quem não goste do quindim pois diz ficar com cheiro e gosto de ovo. Eu afirmo que no caso do quindim não!
    Veja bem, tudo que se utiliza ovos terá uma tendencia a ficar com um pouco de cheiro de ovos, um exemplo é a massa de bolo que tem receitas que pede uma quantidade absurda de ovos que não tem como não sentir o cheiro.
    No caso do quindim se utiliza a gema, justamente a parte que tem a concentração maior do cheiro, por isso nunca deixe de passar as gemas em uma peneira, pois é a pele da gema que traz o cheiro forte e também utilize sabores que possam neutralizar o cheiro e o gosto, como é o caso do leite de coco e a essência de leite condensado.

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